quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Mais um grande trabalho histórico-Enquanto O Ditador Dormia...



Sempre gostei dos romances históricos.Nos dá uma visão de como tudo aconteceu,como pensavam e viviam as pessoas,seus anseios,enfim.Trago para vocês esse grande livro que li e tenho certeza que vocês vão gostar.Enquanto O Ditador dormia...,do jornalista português Domingos Amaral.O livro conta a história de Jack Gil Mascarenhas,filho de mãe portuguesa e pai inglês,devo dizer que é o próprio Jack é quem narra a história.Em 1995,aos 85 anos, o velho jack, dono de companhia de navegação volta a Lisboa, depois de mais de meio século longe da cidade, para participar do casamento do seu neto. Ao rever a cidade,as lembranças do velho Jack vão e voltam à Lisboa de 1941, onde ele vivia e que era considerada um oásis de tranqüilidade na Europa castigada pelos horrores da Segunda Guerra Mundial. A aparente neutralidade poetuguesa no conflito, garantida com mão de ferro pelo próprio ditador Antonio De Oliveira Salazar, não conseguia abafar completamente uma Lisboa paralela, que funcionava nas sombras da capital oficial e era frequentada por comunistas, ingleses, e alamães, apoiadores de Salazar e amigos do ditador. Estes últimos, apesar de gozarem da intimidade do líder, não deixavam, contrditoriamente, de admirar o perfil liberal do general inglês Winston Churchill. Esta Lisboa cheia de contradições despertava para o máximo de seu vigor quando Salazar, conhecido por dormir pouquíssimo, finalmente se deitava.

Enquanto O Ditador Dormia... fala de amores fugazes em tempos de incerteza e recupera a presença de Portugal na Segunda Guerra Mundial. No livro, o leitor acompanhará essas lembranças que Lisboa desperta no protagonista. Mistura de 007 e Casanova, de bufão e cronista histórico,Jack Gil é, sobretudo, o representante das contradiçoes de um país que permitia a coexistência frágil dos dois lados da guerra. Esta convivência de diversas ideologias era vigiada de uma distância estratégica por Salazar. quase onipresente, o ditador alimentou a lenda de que multiplicava seus olhos e ouvidos por cada viela de Portugal. Sem dormir jamais.

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